domingo, 28 de setembro de 2008

Vida, Morte, Sonho e Meditação: Os seis bardos

A palavra tibetana bardo refere-se aos seis estados de experiência "intermediários". Nos três primeiros — que acontecem nesta mesma vida — podemos nos preparar para a morte — quando as outras três ocorrem. A expressão tibetana kyene bardo refere-se ao estado intermediário entre o nascimento e a morte, o bardo desta vida. Dos seis bardos, este é o mais importante. É aqui que escolhemos criar felicidade — nesta vida e nas vidas futuras — e beneficiar os outros, ou escolhemos nos tornar mais afundados nos ciclos de sofrimento e causar os outros a fazer o mesmo.

O Karma
Apenas nós — e mais ninguém — determinamos se sofreremos ou se seremos felizes. A escolha entre beber veneno ou tomar remédio está em nossas próprias mãos. O remédio pode ter um gosto amargo no momento; o veneno pode até mesmo ter um sabor doce. Mas a longo prazo, o veneno apenas conduzirá ao sofrimento e o remédio a um benefício maior. Quando as pessoas sofrem, elas muitas vezes se perguntam, "O que eu fiz para merecer isto? Sou basicamente uma pessoa boa, mas as coisas continuando saindo erradas. Por quê?" Isto é porque o karma que criamos durante muitas vidas está amadurecendo agora. Quando plantamos as sementes de karma bom através de ações virtuosas, encontramos experiências afortunadas, e quando plantamos as sementes de karma ruim, encontramos experiências muito difíceis, cheias de sofrimento. Leia mais clique aqui


Preparando-nos para a Morte através dos Bardos desta Vida
Se usarmos a oportunidade permitida pelo bardo desta vida para criarmos virtude e evitar a não-virtude, podemos assegurar mais experiências afortunadas em vidas futuras e evitar sentir arrependimento na hora da morte.Dentro deste bardo há dois estados intermediários adicionais — o bardo da meditação e o bardo do sonho. Os métodos de meditação aplicados durante estes três bardos nos ajudam a derivar o maior benefício a partir dos três bardos da transmissão da morte.A morte é uma experiência muito difícil se estivermos despreparados. Leia mais clique aqui.


Prática para a Hora da Morte
A capacidade meditativa que desenvolvemos durante os três bardos da vida pode nos capacitar a usar os três bardos da morte e do processo pós-morte como portas para a iluminação. O bardo do momento da morte começa quando as condições que causarão nossa morte — por exemplo, uma doença terminal — surgem pela primeira vez e dura até que os elementos do corpo deixem de funcionar. Leia mais clique aqui


A Importância de Praticarmos Agora
A prática e preparação espirituais não são apenas para pessoas mais velhas. Uma pessoa mais jovem pode facilmente morrer por causa de um grande número de causas, antes de morrer uma pessoa mais velha e terminantemente doente. Nenhum de nós sabe quando morreremos. Não temos tempo para nos atrasar pensando, "Treinarei minha mente e farei minha prática espiritual no mês que vem ou no ano que vem". Leia mais clique aqui


Fonte: http://www.dharmanet.com.br/vajrayana/vida.htm
Ensinamento dado por Chagdud Tulku Rinpoche, traduzido por Lisa Leghorn em Seattle, Washington, em novembro de 1994. Possam todos os seres se beneficiar!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A Lenda do Monge e do Escorpião

Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então a margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

- Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.