terça-feira, 20 de março de 2007

O Verdadeiro Amor

O que seria o verdadeiro amor? Primeiro devo dizê-los que a palavra “amar”, vigente nesse mundo, foi criada pelas mentes contaminadas pelo egoísmo, ou porque não dizer, pelas mentes carentes. Ela está presente em todos os romances, quer seja em telenovelas, filmes, livros e na convivência humana. Sim, este amar tem conotação egoísta. As mensagens de amor são veiculadas como comportamentos voltados para realização de desejos individuais. Existe sofrimento envolvido na questão, portanto não existe amor. As pessoas sofrem para conquistar, sofrem para manter e sofrem quando perdem. Sob essa ótica, digo a vocês que a almejada convivência humana, com o intuito de ser feliz para sempre, não será conquistada com pensamento e sentimento de sofrimento. O que é veiculado e alimentado no seio da sociedade é o sentimento de egoísmo. O sentimento de “vazio interior”, faz-nos buscar no mundo externo, algo para nos “completar”, sem nos preocuparmos com os outros. Queremos é acabar com a dor emocional. A dor individual não permite que percebamos a dor do próximo. Com os óculos das emoções enxergamos o mundo externo baseado nas emoções contidas em nossas “lentes”. Fazemos de tudo para atrair algo que nos acalente. Esse é um mecanismo de busca individual. Por isso que a forma de convivência humana está sendo essa. Não poderia ser diferente. Pessoas egoístas não dividem. Vivemos confinados em grupinhos. Pessoas vivem entrincheiradas, com suas proles, dormindo e comendo dentro de suas casas de pombos. O egoísmo e o medo reinam. Temos medo do mundo e ainda dizemos que sabemos amar.
Essa maneira de conviver é fruto de como precisamos completar o nosso vazio interior. Somente a cura das emoções destrutivas é que nos permitirão enxergar o inverso desse comportamento. Então, o amor seria uma atitude inversa. Uma atitude de libertação. O amor é livre, não prende. O Amor não segrega, compartilha. Todos temos a mesma natureza de tudo que existe no Cosmos. Somos unos. Vivemos num oceano de energia. Não deveriam ter fronteiras, portas, muros e tudo que obstruísse qualquer ajuda ao próximo, quer seja física ou mental. Filhos deveriam ser libertos emocionalmente para que crescessem praticando a ajuda mútua e a solidariedade, assim seriam os agentes multiplicadores do amor. Com esse tipo de sentimento e comportamento não haveria preocupação com a violência, porque ela não existiria. Aí está a concretização do real sentimento de amor.
Hoje vivemos escondidos em casas de pombos, nos agarrando entre paredes, parentes e parcos amigos, com medo do abandono, da morte, da doença, da solidão e de muitos outros sentimentos destrutivos, desconhecendo a impermanência das coisas. Vejam os milhares de casais que se casaram com juras de “amor” e hoje não se vêem, não se falam e se odeiam. Entretanto, não sabia eu, que esse “amor” poderia existir e desaparecer apenas quando alguém tivesse interesse ou desinteresse. Vejam como esse “amor” vive e sobrevive apenas até o limite dos interesses individuais. Podemos então perceber que o verdadeiro sentimento que reina é realmente o egoísmo.
O mundo pode e vai ser melhor. Todos vão ter tudo que desejam. A fórmula desse mundo que existe não mais sobreviverá. As pessoas querem paz e tranqüilidade e o mundo se transformará em um local harmonioso, regado pelo verdadeiro amor. Mas, para que isso ocorra, cada ser humano deve conseguir identificar, sublimar e exterminar suas emoções destrutivas, utilizando o processo de se alimentar e de se fortalecer, dia-a-dia, apenas de emoções construtivas. Sou grato por essa oportunidade
Desejo a todos um mundo harmonioso. Por Ricardo Bandeira

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