terça-feira, 13 de março de 2007

Sensação de Vazio Interior

Todos nós já presenciamos pessoas se lamentarem afirmando sentir um grande vazio interior. Mas se somos feitos “de carne e ossos”, onde fica essa sensação de vazio? Posso lhes dizer que ela fica na mente. E onde fica a mente? Não vou lhes dizer onde fica, mas posso lhes afirmar que é pura energia e, que a mente, apenas permeia o nosso corpo. O cérebro decodifica a mente e transforma as mensagens em ações motoras.
Após essa sutil e breve abordagem acerca da mente e sua natureza, voltemos à sensação de vazio interior. Então, porque sentimos vazia a nossa mente? Na verdade a sensação de vazio é porque ela está muito cheia. Enchemos nossa mente de apegos. Os apegos são as coisas e pessoas que nos ligamos para se tornarem fonte de felicidade. Vou me ater aos apegos por pessoas. Achamos que para sermos felizes temos que estar inseridos em um grupo social, cercados de pessoas, “muitos amigos”, recebendo visitas e telefonemas, para encontros e baladas, para bater papo etc. Pensamos também que temos que ter uma pessoa que nos ame e que possamos amá-la. Quando esta situação nos falta ou não conseguimos realizá-la, surge a sensação de vazio. A sensação da falta dessas pessoas, que desejamos estarem próximas, gera um sentimento de depressão. A sensação de depressão é alimentada por pensamentos destrutivos de auto-estima. Muitas pessoas pensam: eles não me querem; eles não ligam para mim; eles não me chamam; eles me criticam; eles não gostam de mim; não sou uma boa pessoa etc. Com esses pensamentos irrigando a mente, a pessoa estará construindo um processo de desamor, gerando sofrimento para si mesmo.
Portanto, as pessoas, as quais nos apegamos, no intuito de encontrarmos a felicidade, e a ausência delas, é que nos dá a sensação de vazio interior. Repetindo o que enfoquei nos textos já publicados (Como ser Feliz e Emoções Construtivas e Destrutivas) , a cura para esse sofrimento que nós mesmos criamos, está em aprender a si amar. Utilize esse entendimento para as coisas também. Na próxima abordagem mostrarei que nada existe por si mesmo, tudo se acaba e que tudo é impermanente.
Desejo a todos, uma promissora descoberta de suas mentes e que não permitam mais a entrada de pensamentos destrutivos nelas. Sou grato por esta oportunidade. Por Ricardo Bandeira.

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