quinta-feira, 8 de março de 2007

Como Ser Feliz

Perguntamos muito para as outras pessoas se elas são felizes. Perguntamos também para nós mesmos. Mas a verdadeira pergunta é: O que é felicidade? Que parâmetros seguimos para afirmar que somos ou não felizes? Será que felicidade é ter saúde, família, carro, casa, companheiro, filhos, ou não ter nada disso, ou apenas parte disso. Penso, que primeiro temos que refletir, porque temos esses pensamentos de referência. Tudo que existe na nossa mente é captado do mundo exterior. Então vejamos. Quando nascemos não sabemos falar, não sabemos andar, não sabemos comer sozinhos etc. Como aprendemos? O meio no qual estamos inseridos é que nos oferece os estímulos, despertando as emoções hibernadas de igual vibração. Então, dessa forma, passamos a registrar na nossa mente o que nos é oferecido.
Portanto, ao longo de muitos anos de vida, registramos imagens, sons, sensações, as quais burilamos com os nossos sentimentos e, dessa forma, os estímulos externos são aproveitados ou descartados, identificando-se com os registros mentais (emoções), desde quando nascemos. Mas todos nascem com as mesmas vibrações emocionais? Existem crianças que nascem super tranqüilas e outras agitadas? Existem crianças que demonstram, por exemplo, a emoção raiva, mais forte do que as outras? A resposta é sim. Percebemos que ao nascermos somos todos diferentes, em comportamento e fisicamente, nem os gêmeos são iguais. Mas apesar de sermos diferentes, a sociedade nos impõe padrões comportamentais para vivermos em grupo. As leis, normas, costumes, cultura e muitas regras, nos fazem, desde pequenos, seguir nos trilhos. Quando saímos deles, somos punidos no intuito de corrigir a resposta dada, enquadrando-nos aos padrões da sociedade.Nessa pequena análise podemos pensar.
Então, o que sou hoje é fruto das minhas escolhas emocionais, limitadas pelas normas de convívio grupal, fazendo escolhas válidas no grande supermercado da vida, para ser aceito no grupo. Sou então, uma miscelânea de conceitos formatados também por outras mentes, as quais existiam antes de mim. Mas porque faço essa pequena abordagem? Pelo simples fato de mostrar a você, que a forma como age com os seus sentimentos, está contaminada por exigências e imposições do mundo exterior, formatando um “eu” atuante.
A luta do que deve fazer para se enquadrar e, o que gostaria de realmente ser e fazer, é que gera um sentimento de insatisfação, conhecido como infelicidade. Então, a felicidade seria um estado emocional de realizações das nossas verdadeiras emoções. Quando agimos assim, nos sentimos realizados e, conseqüentemente, nos intitulamos de felizes. Contudo, não adianta também pensarmos que podemos dar margem a todas as nossas emoções.
Muitas emoções têm origem no sentimento egoísta. Temos que saber o que nos faz bem realmente, pensando sempre em não gerar sofrimento para nós e nem para o próximo. Aí está o grande despertar. Primeiro temos que conhecer a nós mesmos, nossas emoções construtivas e destrutivas, nossas potencialidades, nossas capacidades, o que realmente desejamos da vida, quais são nossos propósitos.
Essa viagem pela mente, focando a auto-descoberta, gera um gostar por nós mesmos, e assim, encontraremos o sentimento de amor. Aprendemos a amar a partir da reflexão interior, não fazendo nada que gere sofrimento para nós. Em seguida, conseguiremos amar o próximo, sem gerar sofrimento para eles, tratando-os da mesma forma como nós nos tratamos.
Com base nas emoções construtivas pensamos: “Se for bom para mim, será bom para o próximo".
Na próxima abordagem, continuaremos a falar sobre as emoções construtivas e destrutivas que ficam registradas na nossa mente. Sou grato por esta oportunidade. Um excelente dia para você. Por Ricardo Bandeira.

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