sábado, 25 de agosto de 2007

Limpe sua mente: troque sentimentos egoístas por bondosos.

Muitos de nós procuramos ajudar as pessoas com o intuito de sermos recompensados de alguma forma. Essa recompensa reside em uma mente egoísta durante a prática de uma “ajuda”. É um sentimento negativo e prejudica a sensação de paz interior. Podemos citar muitos fatos relacionados a esse sentimento. Mas um deles fica bastante evidente, quando observamos um casal que se separa. Os reclames acerca do outro, sempre são enfatizados na não retribuição de “ajudas” durante o casamento.
Nesse caso, as pessoas se juntam interessadas em receber do outro, afeto, carinho, filhos, companheirismo, cumplicidade, solidariedade, segurança e muito mais. A intenção aí é egoísta, ou seja, casar com a intenção de receber. Com o desenrolar do casamento, um ou ambos, perde o interesse em continuar com a união, por o outro não atender às suas expectativas. Esse sentimento egoísta também ocorre nas relações de amizade, escola, trabalho e família. Ele é condicionado no seio da família, desde o nascimento, quando o filho, que é ajudado pelos pais, encara essa ajuda, como uma obrigação e não como um ato de bondade.
O filho não percebe que lhe é dado coisas sem que lhe fosse cobrado nada em troca, como a comida, a casa, as roupas, o carinho e a atenção. Essa doação nasce da bondade dos pais, com a intenção de não permitir o sofrimento do filho. Aí está o grande ensinamento da prática dos sentimentos virtuosos, dos Mestres (pais) para com os filhos. Havendo aprendizado da bondade verdadeira, semelhante à dos pais, os filhos praticariam desde cedo com os outros seres humanos. Mas, quando os filhos crescem, o que vemos é preponderar o sentimento egoísta direcionado aos outros, com aplicações de armadilhas emocionais da seguinte forma: “meus pais sempre me deram carinho, recebi tudo na mão, agora vou “capturar” um companheiro (a) para que ele (a) me dê as mesmas coisas. Mas, para convencê-lo (a), preciso demonstrar que tenho um corpo atraente, sou cuidadoso (a), sensual, bom companheiro (a), compreensivo (a), solidário (a), assim ele (a) ficará convencido (a) de minha bondade, permanecendo comigo, me servindo, semelhante a meus pais”.
Sendo assim, os descasados vão à luta, com as intenções egoístas camufladas, apresentando a falsa bondade, recheada de expectativas (retorno) silenciosas, propiciando um falso clima confortável e seguro dentro do relacionamento. Entretanto, a farsa não dura para sempre e a camuflagem cai, brotando o egoísmo, fonte dos conflitos.
Desta forma, para não nutrirmos o sentimento egoísta nos relacionamentos, devemos: dar e fazer sem olhar a quem; dar com uma mão sem que a outra veja; fazer e dar, seguindo adiante sem olhar para trás. Cada ser aprende a ajudar a todos os seres humanos, tratando-os como se fossem filhos, incluindo seus pais. O importante é dar e fazer, para que o outro não sofra, com uma intenção bondosa, sem expectativa de retorno. Sou grato por essa oportunidade. Por Ricardo Bandeira.

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